O mais provável.

seja bem-vindo(a).
Espero que pense que sou um anjo indefeso e sem
armas emocionais. Apenas declare o que sente. Respeitar ? isso só depende de nós. ah! não vou falar de mim, eu não me entendo. O mais provável é que tire suas próprias conclusões, não esqueça de postá-las, adorarei incluir você no meu mundo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Idiotas.


Não me peça para não repugnar esses inconvenientes inocentes
que se aproximam demais de você.
São seres que por motivos, invisíveis a mim, te fazem
rir descomunalmente.
Eles se aproveitarão da sua carinha de anjo e 
do meu anonimato amor.
Eu sinto, eu sei !
Não me peça para não cerrar os olhos com desprezo
a esses predadores de plantão. Eles podem te
envolver com suas mentes frias e mãos quentes, enquanto
eu já não posso cogitar a tua perda.
Por mais que eu saiba que é nos meus braços 
que você delira, eu não posso controlar essa espontânea
proteção ao que me pertence.
Sim ! Você já faz parte de mim.
Ainda que eu veja que eles se tornem uns tremendos
idiotas nas invertidas fracassadas a sua pele, 
eles não me proíbem de massacrá-los na 
minha intimidade mental.
Imbecis.
É a mim que ela beija o pescoço com maestria,
enquanto tu recebes um mísero abraço de uma suposta
amizade que alimentam.
Mas fico em silêncio.
Você não merece que eu fale e eles
não são dignos da minha perda de saliva.
Mas mesmo sem dizer uma única e estúpida palavra,
tu notas o quanto me indigno com esses indivíduos de
mil e umas intenções e me abraças calorosamente e me 
beija o queixo explicando que eles são só amigos e é a mim
que clama, ao mesmo tempo em que idéias
me invadem a mente, gritando:
- Ela continua em mim, os seus beijos continuam a me possuir
e eles continuam sendo uns idiotas !


João Victor Silper
26.09.10

sábado, 18 de setembro de 2010

Fique.


E eu que pensei que a saudade jamais
faria parte outra vez do meu quarto vazio.
Suposição errada.
Auto-calúnia que me faz hoje destruí-la
em sopros por dependência da tua presença.
Como podes ter a audácia de me beijar e no mesmo
instante virar os meus sentidos e me tirar de órbita ?
Como podes ter a petulância de me tirar o
fôlego, atenções e pensamentos vãos ?
Talvez eu não possa dá um jeito nesse pandemônio
que acontece no meu interior causado por tua fragrância,
pois tens o poder de me paralisar com esses olhos de
medusa que tanto perturbam o meu inconsciente noturno.
Vá. Aparentemente essa possa ser a mais concreta de
todas as nossas opções. Opção que meu vazio grita
tão repetidamente. Vazio estúpido.
Fazes tudo isso porque sabes que me acorrenta,
que nem as minhas maiores invertidas libertinas restaurariam
as minhas asas.
Porque sabes que minha babaquice entrará à tona no seu
toque secreto.
Porque me abraçará, sussurrará sobre meu pescoço
fazendo seu hálito invadir o meu tato,
pegará o meu cabelo e insinuará o beijo no canto
da boca.
Então, me verei perturbado e sem forças para fugir,
pensando: - Não, não vá! Não sem mim. Mas fique,
tenho certeza que essa é a mais absoluta de nossas opções.


João Victor Silper
18.09.10

sábado, 11 de setembro de 2010

Súdita. ||censura: 14 anos.



Chegue mais perto.
Você não vai resistir ao delírio das minhas mãos.
Não deixe que eu toque a sua nuca, ou vai sentir
o demônio que se liberta de você.
Não deixe que eu sussurre muito próximo, se não te
faço sonhar em perfeita lucidez.
Jamais permita que eu toque a sua cintura,
porque não vai se conter quando meus dedos
perambularem sob suas vertes.
Quando eu te veres perdida,
invadirei o teu colo com uma dominância exemplar e
não hesitará em me molhar de beijos.
Te terei em minhas mãos no ato dos lábios e te respeitarei até
nas mais simples carícias, pois vai implorar que eu lhe beba,
serás minha súdita.
Se deixará levar pelo meu perfeito manuseio do seu ser.
Cairá nos meus braços como um cachorrinho com sede do
dono e então, te verei em uma momentânea convulsão. 
Me encarando, subitamente pedirá, no delírio do meu cheiro,
que a possua, provocando intensamente a rigidez do meu nervo.
Então não mais ligará para o meu suposto amor.
Beijando meus lábios, ventre e pé implorando para ser
dominada e clamando pelo meu líquido e em simples movimentos
te verei agonizando em minhas entranhas.
E não te arrependerás. 

João Victor Silper
imagem: Elias Junior
11.09.10

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Com licença.



As pessoas já não têm um alto senso de
camaradagem. Se deixam levar por simples angústias
diárias, como no simples ato de ficar em pé
por vinte minutinhos em uma fila bancária,
simplicidade tal, faz alguns soltar os cachorros, onças,
tigres e tudo que é feroz em cima do mísero bancário que
não lhe deu duas notas de 5 e sim uma de 10.
Pessoal, peço encarecidamente, que por suas imensas gentilezas,
por favor, não deixem que pintem mais ainda o nosso planeta
de cinza.
Lástima! Ele quase não tem azul. Já não temos nem em 
quem confiar, em quem ter fé. Só nos resta a compaixão 
para com os demais, quem sabe assim recebemos um
beijinho carinhoso de OBRIGADO. Quem sabe os necessitados
recebam um prato de comida e fazendo assim, o planeta ficar um 
pouquinho mais colorido, encontrando uma pessoa para trocar
confidências e sorrir a toa.
Gentileza põe a mesa.
Mas nada de muita perfeição.
"Perfeição demais me agita os instintos" (8).
Vamos conseguir com que tudo se torne natural.
: - BOM DIA, Seu Juruna !; - Bom Dia ! Quer um cafezinho ?
...
Não é todo mundo que suporta um puxão de cabelo e diz:
- Ah! Obrigado, era tudo que eu precisava.
Então, "não pise no meu calo, ou viro bicho e falo
o que não quer ouvir" (8).
Uso também o SILÊNCIO para ser gentil, para tolerar
certas idiotices e não ser taxado de mal educado.
É difícil.
Tentaremos.
É uma pena que gentileza não se compra.
Vendem-a, POR FAVOR !


Epílogo.
Peço humildemente, encarecidamente, que por suas imensas gentilezas,
por favor, comentem! [risos]

João Victor Silper
08-09-10

domingo, 5 de setembro de 2010

Predestinados.





Perdidos em uma sintonia estranha, onde o mundo 
gira em torno de si ou nem gira.
Saíram do eixo, se deixaram levar por uma órbita 
em sincronia contrária.
Afundaram-se no êxtase da "pedra maldita".
A família desestruturada muito ajudou nesse processo de
desintegração do pulmão, mente e espírito onde nem as mais
belas palavras de consolo têm poder.
Cérebros vulneráveis caem na escuridão infinita, sem nenhum
receio de voltar, e logo se incorporam  literalmente na
"geração de zumbis".
Indefesas, sem armas para lutar, crianças estão
predestinadas a carregar o fardo desse distúrbio "crackiano".
Se vêem possuindo instintivamente pertences alheios para que
jamais falte o desejo de consumo, o desejo que as consomem.
Em meio dia se sentem em abstinência compulsiva com uma
obrigação incontrolável de ingerir os "bloquinhos invasivos".
E em um beco sem saída tiram a existência de outro ser para
acabar com o perturbante clamor pela "peste consumista".
Então, choram ao se encontrarem em um "mundo clandestino",
se homicidam em um buraco 
que nem sempre terá um fim.

Crack. Um caminho sem volta. Será ?

Epílogo
Esse texto foi criado em base de um depoimento de um vigilante do Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, o qual afirmava que 90% dos pacientes do estabelecimento são usuários viciados em crack, uma droga em forma de 'pedrinha' que invade o pulmão e transtorna o cérebro de uma forma inimaginável. Decretou também que presenciava a saída de 10 pacientes todas as manhãs pelo hospital e que no mesmo dia antes das 14:00 hs os leitos outra vez se encontravam lotados, isso diariamente. Afirmou também que a única saída era a busca pela salvação divina. Todos esses dados me comoveram e me instigaram a escrever esse texto. Gostei muito! Obrigado, Seu Paulo !

João Victor Silper
05-09-10

sábado, 4 de setembro de 2010

Deixa o som rolar. (Deixo?)



Não almejo ficar enfermo.
Não desejo empobrecer minha mente.
Músicas que emitem uma só palavra são
doenças; enfermidades extremas que chegam a
serem epidemias.
Curtir música popular brasileira, diria que é um
bom analgésico.
Mas fazer o que se não só a pleube gosta de sons
com pouca vitamina ?
Nos drogamos com o "Rebolation",
nos viciamos em emissões altamente fúteis.
São pragas que te envolvem e não te trazem nada.
Mas fazer o que se podemos gostar de "É o Tchan"
e "Ana Carolina" ao mesmo tempo ? ; eu me adoeço
e me curo em seguida.
Fazer o que se a "eletrônica" me invade e faz-me perder
o controle e o "acústico" me envolve de uma forma obrigatória
a me emocionar ?
Fazer o que se gostam de "Natruts" e "Bob Marley" da mesma
forma que clamam por "Cássia Eller" ?
Fazer o que se o importante é se 'deixar levar' ?
É ser tocado? É 'pirar' ?
É se identificar musicalmente ?
Fazer o que se sentem-se feliz com o "rap", só porque 
eu respiro "Maria Gadú" ?
O essencial é não deixar o DJ parar, 
é deixar o som rolar! (Mesmo se a música não tiver
"conteúdo"? Sim!).
De "Maycon Jackson" a "Lulu Santos" a gente tem
que respeitar.
Agora, o meu gosto é o meu gosto.
Fazer o que, né ?

João Victor Silper
imagem: Gustavo Reis
04-09-10


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não vou gritar.



Tem dias que a gente não está para ninguém.
Em que no simples fato no momento importuno você
sente o mundo desabar, pois a ponta da sua grafite quebrou.
Quando vozes soam no ouvido com uma emissão estridente 
capaz de fazer sentir o sangue evaporar pelos poros.
Quando pensa em explodir o cérebro do extraterrestre que
pisou no seu tênis.
Quando tudo se torna grandioso demais para sua
capacidade de tolerância.
Quando no momento de impulso e não-propositado,
cutucam o seu braço provocando a sensação do rosto
multicor.
Quando você não tolera nem o menor descuido 
do amigo.
Mas só ele nota que você está assim, então te pede um 
abraço e pergunta, com a voz mais suave e paciente possível,
o que te ocorreu.
Mas você não está nem pra ele e diz que não
aconteceu absolutamente nada.
E depois disso tenta agir de uma forma convicta do seu
auto- controle emocional, mas logo você nota que não conseguiu 
quando aquele "astrógeno inconsequente" canta a última música 
que você queria ouvir naquele momento, fazendo seu subconsciente
entrar em transe, proporcionando uma vontade de gritar para que
aquela 'coisa' pare de cantarolar, mas você não grita,
porque respirou fundo e se afastou daquele atordoamento.
E você se sente 'rilex', até o momento que um indivíduo
com uma força incomum esbarra em você pelo corredor
obrigando sua cabeça girar de ira, mas logo nota que não o vai
dirigir palavras de baixo escalão , por que você nunca foi assim e 
que o cara é o triplo do seu tamanho.
Então segue o dia, até quando chega a noite e tenta desabafar com
alguém, mas você não consegue, pois de alguma forma tudo que você
passou no dia trava sua garganta fazendo você se afastar;
até chegar a hora do descanso noturno e ao deitar pensa nas coisas
que lhe passou e vê que tudo era pessoal, que era só mais uma
prova a passar na vida e que tratava-se de um distúrbio emocional,
o qual mais tarde se manifestará novamente, mais você já saberá como
lidar com esses sentimentos avassaladores.

Epílogo.
Mas falando sério.
Quem é que aguenta aquele "ser lunar" que por um
motivo inexplicável espanfanha o teu cabelo?
Agora eu grito.

João Victor Silper
Revisão Textual: Kássia Mello
01-09-10