O mais provável.

seja bem-vindo(a).
Espero que pense que sou um anjo indefeso e sem
armas emocionais. Apenas declare o que sente. Respeitar ? isso só depende de nós. ah! não vou falar de mim, eu não me entendo. O mais provável é que tire suas próprias conclusões, não esqueça de postá-las, adorarei incluir você no meu mundo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Série: PECADOS, doces pecados. "Amor de gato".


Surrupiar a juventude da fonte,
me fazer a ovelha mais branca do pasto.
Te amar como um gato.
Saber enroscar nas suas pernas
e mordê-las pelo mesmo instante.
Saciar minha vaidade com os
teus afagos constantes e inexpressíveis.
Te amar como um gato.
Que sorrateiramente te observa,
que mesmo ausente te obriga a sentir.
Te fazer  submissar 
só para alimentar meus caprichos.
Me glorificarei por ler o que te afliges e
não exitarei em me aproveitar.
Pois em mim reside o mais limpo amor.
Te farei tomar dos patos e
desacreditará da minha existência. 
Lerei a tua alma e extrairei as
mais doces emoções, 
só para mim.
Não subestimem o nosso amor.
De longe, observam.
De perto, te atacam.
Com a proeza e os passos delicados
te farei beber do leite,
porque só assim a minha vaidade
estará alimentada.


Epílogo
A todos nós, vaidosos.


Victor Silper
27-11-11

A série PECADOS, doces pecados
é  uma série textual que vem abordar
 os setes pecados capitais
 de uma forma  mais amena e exótica.
Afunde nesse rio proibido
 e leia também:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quero o sol e as minhas borboletas.

Prefácio
Não espere tantas rimas, se o que me rodeia
é a imperfeição. Victor Silper















Dos mais apertados abraços,
quero o mais sincero.
Dos mais honestos olhares,
quero o mais compreensivo.
Das muitas nuvens dos céu,
quero aquela que mais combina com o sol.
De todos os passos já dados,
quero aqueles que ficaram marcados 
em meu solo desgastado.
Quero aquilo que me completa e 
jogar fora o que me endemonia.
Quero o sorriso que me chame a atenção,
aquele do amigo.
Quero o aperto de mão,
mas o aperto da mão amaciada pela honestidade.
Quero a montanha mais alta, 
aquela onde o sol se deita e o mar acoberta.
Quero a noite.
Quero a lua.
Quero um amor que se encaixe com as duas.
Não quero o chão, nem a sensatez.
Quero o ar.
Quero os pássaros.
Quero ousar a voar.
Dos mais marcantes sonhos,
quero aquele que me obriga a prosperar.
Dos mais sonhados beijos,
quero aquele que me faça dormir.
Dormir e gozar.
Não quero a piedade.
Quero a justiça.
Dos mais largos ombros,
quero aquele que me acolhe.
Não quero chorar.
Não quero sorrir.
Quero amar e depois, covardemente, fugir.
No meu campo, eu ponho as minhas borboletas,
planto as minhas árvores e faço o meu anoitecer.
Molho a terra e faço as portas e janelas.
Quero saber terminar.
Quero ter o sempre.
Mas o meu sol me espera.
Não posso deixar minha flor murchar.
Dos mais aclamados aplausos,
quero somente aqueles que me transmitem fé.

Victor Silper
16.11.11

domingo, 30 de outubro de 2011

Só Andorinhas.


Ouço murmúrios vindos de lá.
murmúrios hipócritas e murmúrios inojados.
Do lado daqui, eu tento, com toda sensatez,
para que eu não ouça o mesmo.
Do outro lado do vidro eu vejo
os carros passando e indivíduos sendo
atropelados.
Do lado daqui do vidro eu me vejo
sentado à espera da mudança.
O mundo de lá é limitado a certos
incredúlos, mas do lado daqui de dentro
eu sinto o ar pairar com um certo peso.
Lá tem acomodação e inveja, aqui eu me
escondo com os meus sonhos, pois
desses consigo me alimentar.
Lá tem feras e abutres, aqui, andorinhas e
bem-te-vis.
Lá eu vejo o pecado - Que vontade de
quebrar o vidro, diabo!
Só que daqui eu também tomo meus
aguardentes, não me alimento
só de algodão, pra mim, basta!
Do outro lado do vidro eu vejo sorrisos a
toda hora se desfazendo em debrulhos de lágrimas.
Desse lado do vidro, luto por felicidade,
em prantos, para que depois eu nunca mais
pare de rir.
Aqui eu vejo as nuvens brancas, o chão aos meus pés
e o céu bem perto de mim.
Lá o céu é longe, os pés estão nas nuvens, as
andorinhas são extintas e o fim está bem próximo.
Mas mesmo assim levanto, pego minhas armas e
persisto em quebrar o vidro, vou entrar na luta para
que ele se quebre e tentar, agora sem barreiras,
para que tudo seja o lado de cá.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Te chamo de baby.


Te vestirei de noiva e andaremos
por cima dos viadutos.
Não teremos segredos.
Pegarei a tua mão e nela abençoarei 
a mais graça beleza que exista.
Subiremos os montes e juntos 
agraciaremos-nos com as mais doces brisas.
Tu serás a minha princesa, aquela que
afoitamente agarrará o meu braço e
sutilmente me roubará um beijo enquanto
eu te chamo de baby.
Te reinvento.
Para que meu prazer não se fique
por insatisfeito.
Oh baby, tu serás minha Julieta e
juntos mudaremos a mente de
nosso sábio para que tu sejas minha
amante sem que eu seja o seu Romeu.
Abaixo do luar dançaremos a nossa
suposta canção e nossas pernas se casarão
sobre a areia que ao amanhecer impregnaram
em nossos corpos.
Nós flutuaremos sobre as nuvens e
pintaremos a mais pitoresca das artes,
a nossa arte.
Andaremos descalços para que as vibrações
nos transmita o insano amor.
Durante o dia sairemos pra pescar e depois 
voltaremos ao nosso inimaginável 
esconderijo e enquanto deleito do seu
encanto nós amaremos, sorriremos,
nunca choraremos e nunca odiaremos.
E quando chegar a noite, fantasma, 
te guardarei, minha nova vida, antes que tu
morras, em minha imaginação porque sei que 
de lá tu nunca escaparás e mesmo que depois
eu te esqueça e invente um novo amor, ainda sim,
serás minha baby.

João Victor Silper
05.04.2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

Alma de leão.


Alô.
Estou perdido na selva.
Acaboclado a céu aberto e impedido
de ver o sol.
A busca pelo topo da montanha
tem sido árdua, os bloqueios constantes 
e instantâneos fortalecem as pedras postas
aos meus pés.
Será que tem alguém aí ?
A neblina não mais me deixa ver
a pureza do cérebro e a meia camada de
amor que envolve os corações.
É onça pra todo lado.
Bebendo da impotável água que me oferecem
consigo ingerir a comida pútrida 
que me obrigam a mastigar.
Com negras panteras aos meus ouvidos
consigo notar a precoce morte das flores,
por conta do ar vaporoso e impenetrável,
elas não conseguiram desabrochar.
Os leões calmos e calculistas souberam romper
os cactos, jogar os espinhos para traz e
conquistar a tão sonhada montanha, antes de mim.
Lá, eles poderão ver o orvalho surgido nas
folhas e a luz imergindo do mar.
Eu? Eu pisei nos espinhos com medo 
de me esguichar.
Mas vou andando.
Depois de provar das correntezas de 
inteligência, abro minhas asas e tomo um
pouco do vento de astúcia. Reacordo e 
vejo que continuo sendo uma garça preta, pálida,
sensata, curada e com alma de leão pronta para
voar ao encontro do sol.

João Victor Silper
07.03.2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Só os loucos sabem.


Fomos exemplarmente felizes.
Choramos, sorrimos, gritamos e 
cantamos quando foi preciso e também 
quando não foi.
Soubemos quebrar as nossas próprias
regras para facilitar uma convivência
que se tornou amizades irrevogáveis
durante esses anos.
Longos e inesquecíveis anos.
Aprendemos o quão é divertido a 
simplicidade de subir a BR para
comer pão no comércio lá de cima,
estávamos juntos e não importava 
mais nada.
Sacrificamos nossa vergonha
cantando "balão mágico" no fundo
do ônibus e fomos taxados de 
"baixinhos da Xuxa", mas hoje 
vemos que todo esse "ilariê" valeu
a pena e repetiríamos tudo outra vez,
só para ter o prazer de esbanjar que
fomos "malucos beleza" durante
nosso convívio.
Cair na nascente, fazer o jornal
"Os Dementes", ou então, 
gritar: - "Esqueci o meu chinelo,
motorista, para o ônibus",  
tudo em prol de alegrias momentâneas e
marcantes que hoje são lembradas
sob lençóis de risos.
Aprendemos que é preciso perdoar
a pior das barbáries e incentivar os
mais raros sorrisos.
Foi uma luta constante, mas nos
abraçamos a casa batalha vencida.
O primeiro almoço, a primeira impressão,
o primeiro olhar fraterno, a primeira mão
estendida ao cair.
Isso, só os loucos sabem.
Somos loucos, porque todos ficaram
em absoluto silêncio quando a coordenação
foi perguntar quem teve a audácia e a petulância
de quebrar o vidro da sala.
Obrigado, jamais esquecerei.
Os passatempos exercidos jogando volley
na areia e também rouba-bandeira.
Os zeros em suíno, as reivindicações
contra a violência.
Tudo isso foi bem, bem gostoso.
As decepções e os abraços de reconciliação.
As nossas vitórias na quadra.
Somos loucos.
Somos loucos, porque soubemos
puxar a orelha quando o uno
estava se tornando a aula preferida.
Mas lembrem-se que não soubemos aproveitar
a chance de melhor pesca do ano. (Saudações
ao professor Marcondes).
Só nós sabemos o que é ter um zoológico
em sala. Castor, rato, capivara, jumento, coruja,
macaca. Tudo foi e está sendo inesquecível.
Torço para que não mudemos e 
para que tudo seja perpétuo.
Porque logo nos veremos e sorriremos abraçados
de todos esses fatos verídicos e vividos
pela turma 33-2010 do IFMA - Maracanã.
E se um dia os outros lembrarem de nós e 
tentarem descobrir o segredo de tantas declarações,
amores, abraços, sorrisos e confusões.
Desistam.
Só os loucos sabem.

Epílogo
Saibam que não deixarão saudade, porque
jamais daremos espaço para ela.
Obrigado, por tudo.
" Se chorei ou se sorri, o importante é
que emoções a gente viviu" . (risos)

João Victor Silper
16.12.2010

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Série: PECADOS, doces pecados. "Viver sem acordar".

O sistema parou. Cansou.
A vida cansou, o mar cansou,
a cidade, o trem, a mão, 
o cérebro cansou.
E nos restou a acomodação. E
dessa não hesitaríamos em usufruir com
império.
Se cansamos de amar.
Se cansamos de andar, sorrir e
chorar, então deixar-nos ser tomado
pela preguiça.
Se o mundo pode ser fútil,
eu tenho o direito de ser inútil, de
viver sem acordar.
Cansar a mente sem ao menos
exercitá-la.
Enquanto o sistema e o trem param, a existência
do seu mundo se compromete, mas irei dormir,
assim não precisarei ouvi o bombardeio nuclear.
Fingi que acordei.
Amei sem beijar.
E vou dormir, assim posso me resolver e
me tirar do eixo.
Não irei fugir, ficarei aqui, mas não me acorde,
estou sonhando.
A mão cansou,
a vida parou e
o trem andou matando o capricho e levando 
a diligência juntamente com minha utilidade, enquanto
o cérebro morre, a cidade desaba e eu aqui, dormindo
sem nem me preocupar.


Epílogo
Esse texto não está tão
divertido como prometi que ia
ser essa série, mas é que eu 
estava com preguiça. Ai, sacomené ?


João Victor Silper
25.01.2011


A série PECADOS, DOCES PECADOS.
É uma série textual que vem abordar um lado mais ameno
ou prazeroso dos sete pecados capitais.
Afunde nesse rio proibido e
leia também:

domingo, 23 de janeiro de 2011

A esperança no cais.




Eu estou aqui para rir.
Observar as explosões espaciais e
gargalhar pelas estrelas que irão surgir.
Ver o hoje acabar catastroficamente e dormir
com a certeza do amanhã ensolarado.
Amar o vazio, sorrateiramente, ao menos
sabendo que ali há uma matéria que me
fortalece.
Olhar o morrer da borboleta, 
mas entender que ela só tem um dia
do privilégio da vida, enquanto outras nascem
no crepúsculo do sol que não apareceu.
Entender a complexidade existente
na fertilidade das nuvens  e na esterilidade
do solo.
Chorar pela chuva devastadora que 
teimosamente insiste
entrar por janelas inocentes e depois
do abraço de pálpebras encharcadas  
perceber o sorriso de vitórias tão almejadas.
Secar o barro com as lágrimas piedosas das
perdas irreparáveis.
Vou ri para que camufle o sofrimento
estampado em inúmeros lábios e
proclamar o silêncio para aqueles que
procuram descansar em paz.
As minhas mãos atadas, o café na xícara, 
as lápides na TV e a minha esperança em
chagas morrendo no cais a espera de
um barco que se foi na neblina.
E ele não irá voltar.

Epílogo
Reservo esse espaço para agradecer
a todos que me deram força e declararam
saudades, eu também estava sentindo muita falta.
E também às pessoas que ao longo desse
novo ano não tenham nenhum motivo 
para festejar. Vítimas, sobreviventes, familiares do 
maior ataque natural registrado no Brasil,
os meus sentimentos para o Rio.
Obrigado a todos !

João Victor Silper
23.01.11