Eu estou aqui para rir.
Observar as explosões espaciais e
gargalhar pelas estrelas que irão surgir.
Ver o hoje acabar catastroficamente e dormir
com a certeza do amanhã ensolarado.
Amar o vazio, sorrateiramente, ao menos
sabendo que ali há uma matéria que me
fortalece.
Olhar o morrer da borboleta,
mas entender que ela só tem um dia
do privilégio da vida, enquanto outras nascem
no crepúsculo do sol que não apareceu.
Entender a complexidade existente
na fertilidade das nuvens e na esterilidade
do solo.
Chorar pela chuva devastadora que
teimosamente insiste
entrar por janelas inocentes e depois
do abraço de pálpebras encharcadas
perceber o sorriso de vitórias tão almejadas.
Secar o barro com as lágrimas piedosas das
perdas irreparáveis.
Vou ri para que camufle o sofrimento
estampado em inúmeros lábios e
proclamar o silêncio para aqueles que
procuram descansar em paz.
As minhas mãos atadas, o café na xícara,
as lápides na TV e a minha esperança em
chagas morrendo no cais a espera de
um barco que se foi na neblina.
E ele não irá voltar.
Epílogo
Reservo esse espaço para agradecer
a todos que me deram força e declararam
saudades, eu também estava sentindo muita falta.
E também às pessoas que ao longo desse
novo ano não tenham nenhum motivo
para festejar. Vítimas, sobreviventes, familiares do
maior ataque natural registrado no Brasil,
os meus sentimentos para o Rio.
Obrigado a todos !
João Victor Silper
23.01.11
Muito bonito..."abigo"!
ResponderExcluirArrase nesse novo ano!
ABRAÇOS
Obrigado Tataty..
ResponderExcluirE amém para suas preces.
Abraços.
O que dizer quando tudo já foi dito?
ResponderExcluirParabéns! Você me surpreende sempre!
Comemorando a sua voltaa... num sabee o quantoo!
Bejinho com sabor de tuti-fruti.
uiuiui,
ResponderExcluirvlw msmo .. ainda pode se dizer, sim . hehehe
Obrigado memo.
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bj com sabor de kiwi. hehe