Mais instigante que morangos.

O por do sol.

Tá! Eu não sou um admirador fiel 

desse acontecimento diário, 

mas não deixo de vê o quão romântico

ele é, mesmo preferindo

as coisas inovadoras e inusitadas.

Como, se lambuzar comendo doce de mamão e 

entrar numa valsa de beijos depois pra

limpar tudo que fizemos prazerosamente é

uma boa maneira de dizer que adoramos está

perto e que não trocaríamos esse momento

nem por uma cumbuca de morangos.

Rolar na grama molhada, cheia de terra e

sentir que os corpos se atraem numa sincronia 

de tempo incrível como a noite após o dia

e depois reparar que estamos sujos

e entrar no chuveiro (cachoeira,talvez)

e tomar um banho demorado, indescritível e

indispensável agarrados e descobrir

que os nossos corpos se atraem 

novamente.

Subir na árvore e se divertir tomando

coca-cola (guaraná, se preferir)

e saber que aquele momento é ímpar

e aproveitá-lo o quanto podemos antes

que o dia acabe e os nossos

corpos peçam descanso 

e aí

aproveitamos esse instante e dormiremos

juntos numa precisão inimaginável de pairar

com prazer.

E depois parar e perceber que

tudo que passamos valeu mais que um

inteiro morangal.

Epílogo.

Hoje fizemos doce de mamão na escola e no caminho de casa falei que não achava o por do sol tão instigante recebendo críticas de umas e asserção de outra. O que me inspirou a escrever esse 'texto'.
 Obrigado!

João Victor Silper

25-08-10

revisão textual: Wellingson Araújo